quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Noite Feliz

Acho que, definitivamente, esquecemos, ou não recordamos, ou até nunca foi lembrado, o que chamamos de Natal.
Longe de mim defendê-lo, ou melhor, o farei sim, contudo serei parcialmente contra também.
Nem sei o que dizer. Talvez poderei estar a kilômetros da originalidade em falar sobre ele. Claro!
Nascimento. De uma força que move a nossa espécie mesmo após quase dois mil e nove dezembros (noite feliz, noite feliz, ó senhor, Deus do amor...). E não podemos esquecer, é claro, que essa força era tão de carne e esqueleto quanto nós (...pobrezinho nasceu em Belém...)
Época que supostamente, vai além desta nossa matéria que não vale vintém (ou vale? Já houveram algumas que custaram dez conto), em outras palavras, deveria atingir o que chamamos de espiritualidade. Até aí, muito bonito (Dorme em paz ó Jesu us!).
Rio em pensamento ao refletir que um ateu usa o Natal como pretesto para consumir.

Nem sei o por quê deste blá, blá, blá.
Ora, quem sou eu para dizer alguma coisa?
Não quero mais dizer nada.
Quero apagar tudo...
Não posso!

Então o que me resta além desta taça de vinho tinto é dizer o que todos dizem:

Feliz Natal! (dorme em paz ó Jesus).


Tássia Guarany

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Conselho da Avenida.



Momento que eu confiei
Semente do amor que eu fiz
No fundo do peito
O meu sofrimento caiu de joelhos
Foi-se embora a solidão.
O meu vilarejo,

Põem no samba a alegria
E na mesma rima
O seu coração.
Pobre oh ti sem harmonia

A apatia mudou o seu olhar
Foi-se embora pra Bahia
Mulher amada
E pôs a se queixar,
Que agonia!


Quero mais 500 carnavais
De valores ancestrais
Perdidos no tempo
Adeus realengo, pois já não tem jeito

Face a moeda irão se entregar.
Na minha memória
Outros tantos que virão
Outros nem todos sãos
Encontro por ai.

Quem sabe, talvez outro dia
Meu povo feliz a cantar
Por mares de avenidas
Lavar a alma
Sentir o sol clarear
A nossa vida,
É bonita, é bonita e é bonita!




Rafael Sacco



PS.:
Agradeço desde já pelo cantinho de poesia que me alegra em poder participar!
Um canto de harmonia sim, tal qual passárgada, manoel, noel, chico e vinicius também estavam lá.
Pois são poetas que me inspiram, e minha musa sim, essa sempre será Tatá!
Obrigado amiga, poetera, bailarina... meu patuá!



BeM vINDo

Toque-toque

toque

toque t oque

TOQUE-toque

toque-TOQUE ToqUE-TOqUe


tOQUE tQUOE

TOQUEEEEEEEEEEE - ttttttttttOOOOqqqqEEEUUUUU

qUEm é????



EU sABIa qUe vIRIas - DISSE A pOEtISA aQUI DENTRo cUSPINDo lÍQUiDo dE CoR DE qUEtICHupi.


TáSSIa gUARAny







segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Recado




Não penses, ó leitor de minhas palavras
que farei longa propaganda delas
Claro, seria sempre uma recompensa
se pudessem apreciá-las,
seja qual for as intenções,
pois aprecio as más também
com, as vezes sem, moderação.

Sei que por hora,
jás milhões que as escrevem
Sei que outrora,
jás trilhões que as suspiram
Contudo sei,
que essas são ajeitadinhas
de maneira toda minha.

Por isso este recado
para deixá-lo de sobreaviso
que ao entrar na Rua Realejo
Retire sua sorte
e acomode-se,
Pois não deixarei que saias de lá.

Tássia Guarany






Caros amigos,

A Rua Realejo sem número será o endereço de poesia compartilhada.

Em verso simples, vocês também poderão postar um poema, uma música, um vídeo, um pensamento...é só me mandar por e-mail.

Escolha a sua morada na Rua Realejo, pois ela é infinita e aqui não ficarão sem abrigo.

Deitaremos na poesia e sonharemos com as palavras vindas deste lugar que fica alí, esquina com
Passárgada de Bandeira, onde seremos o que desejarmos ser.

Tássia Guarany

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Rua Realejo



Quero aqui dizer-te
Quão grande é minha saudade
Do velho realejo
já escasso em plena infância minha
e agora nem em pensamento o vejo.

Ah!
Que esperançosa sorte trazia
e mesmo que nela não acreditasse
enchia meu peito de alegria
Pois na verdade o que valia
era o ritual colorido
do piriquito sabido
bicando o papel
para mudar o destino.

Uma caixa que cantava
por mãos de um moço de bigode
e boné anos vinte,
em voltas rolava o rolete
uma música sem requinte
lembra praça, pipoca e sorvete.
E ainda lembra
"minha infância querida
que os anos não trazem mais".
Tássia Guarany




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